domingo, 3 de julho de 2016

Adeus Person of Interest e Obrigado por Tudo

Tem muito assunto que merece o famoso textão. Mas eu vou falar de uma série de TV porque... Porque eu quero mesmo. Muita gente provavelmente vai fazer isso quando terminar Game of Thrones (talvez eu esteja entre eles), mas vou falar de uma série que poucos conhecem: Person of Interest.

Criada por Jonathan Nolan (irmão de Christopher Nolan), a série foi feita com uma equipe muito competente que contou ainda com J.J. Abrams e Ramin Djawadi na trilha sonora.
O enredo é sobre uma máquina que nos vigia o tempo todo e assim pode prever ataques terroristas e crimes (meio Minority Report), mas o governo dos EUA, que tem a Máquina, não faz nada para os crimes menores, chamando os envolvidos de irrelevantes. Seu criador, Harold Finch, decidi salvar os irrelevantes, junto com John Reese, um ex-agente da CIA. Entre os obstáculos, terão que se esconder do governo, da polícia e a pessoa que a Máquina indica para eles pode ser tanto a vítima quanto o assassino.

A história foi bem desenvolvida ao longo de suas 5 temporadas, sempre buscando ao máximo sair do modelo do "caso da semana", embora nem sempre possível, seja pelo roteiro, pela ideia inicial ou pelo desejo da emissora, a CBS.

E nessas temporadas houve muita história boa. As histórias de origem de cada personagem, o desenvolvimento delas, o grupo de policiais e políticos corruptos do RH, os hackers que buscavam expor a verdade ao mundo: Vigilância, a nova máfia liderada por Dominic contra o império criminoso do já antigo, estabelecido e respeitado, Elias. Sério, teve muito arco duradouro e legal, com finais muito insanos, para uma série que se apresentava num modelo de CSI. E isso porque nem falei do Samaritano, a IA concorrente à Máquina.

Realmente, eu gostei muito de cada personagem da trama, fosse ele herói, mocinho, vilão, anti-herói, porque a Root que se mostrava como uma louca maníaca se mostrou uma aliada de importância inimaginável, Finch mostrou que tem seu lado maligno, Fusco foi o maior exemplo de redenção da série, Elias, mesmo fazendo o mal e tendo ações condenáveis, mostrou que possui também uma bússola moral. E cada morte que aconteceu na série não foi uma morte gratuita, uma morte que apareceu só porque os roteiristas estavam sem ideias, teve um significado, um antes e um depois da morte desse personagem.

Fora todas as reflexões e debates que a série trazia. Ética, moral, será que o governo pode vigiar nossas vidas desse modo? Mesmo que seja para um bem maior? E deixar tudo para uma máquina? É realmente seguro? Ou mesmo certo? Os fins podem justificar os meios? A verdade, mesmo que perigosa, deve ser mantida em segredo ou revelada?

Os temas na maioria das vezes era sobre crimes, terrorismo, exército, CIA, segredos do governo estadunidense, tecnologia, polícia, enfim, tudo que era esperado para Person of Interest. Mas o modo como eles abordaram o tema humano foi surpreendente. As tramas humanas, sem algo relacionado com o mundo moderno de hoje ou sobre privacidade, apenas as histórias humanas, mostraram-se dignas de nota.

Adeus Person of Interest. Essa série tornou esses últimos anos meus bem mais interessantes. Obrigado. #TeamMachine

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