terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Docto Who - Twice Upon a Time - Resenha

Hoje é madrugada do dia 26 de dezembro de 2017 e devo contar a você que está lendo algumas reflexões que tenho sobre este blog. Eu quase não mexi nele nos últimos tempos e estranhamente um monte de publicações minhas de 2016 apareceram com milhares de views, mas não aumentou o número de comentários ou de seguidores. Uma pena. Fora que eu me pergunto quem ainda vê blogspot. Ou Blogger. Ai, ai. E em 2017 as poucas publicações que fiz tiveram alcance insignificante.

Também troquei a cor do blog em que era fundo preto e as publicações apareciam brancas. Isso cansa pra caramba a vista então decidi deixar assim. Bem melhor.


Bem, eu sou fã de Doctor Who e foi uma polêmica imensa quando foi anunciado que Jodie Whittaker iria substituir o Doutor. Tinham possíveis nomes e Jodie não estava em nenhuma das listas feitas de possíveis atores (ou atrizes, sim, a ideia de uma possível Doutora era forte, especialmente pelas pistas deixadas tanto por atores, produção e até nas fala do Doutor com o Mestre no último episódio). Eu já falei sobre isso, portanto não vou me prolongar mais.



O Syfy estava exibindo Doctor Who no Brasil. A primeira emissora a fazer isso, pelo menos em TV aberta, foi a TV Cultura. Quem pagava a cabo podia ver na BBC. A TV Cultura parou de passar. A BBC parou de passar suas produções na América Latina (incluindo Sherlock, Top Gear, The Muskerteers, Luther, Orphan Black, etc) e então o Netflix não renovou o contrato. E eu fiquei p*** da vida. Aí o Syfy anunciou que iria exibir Doctor Who e fez um monte de campanhas disso, mas já se via que a relação não ia ser boa. Para começar eles exibiram o primeiro episódio da nova temporada sem legenda. Eu me virei bem, mas outros nem tanto. O horário não era dos melhores, a exibição era meio aleatória, temporadas diferentes seguidas sendo que Doctor Who às vezes não parece, mas tem uma linha cronologica. Especialmente se pensarmos que o Doutor muda.

(Jeremy Clarkson está mandando a BBC se fuder não porque eles passaram a exibir somente documentários de natureza na América Latina, mas porque o demitiram do Top Gear. James e Hammond então se demitiram e os três hoje tem um programa de carros chamado The Ground Tour para a Amazon e já tem duas temporadas. Top Gear contratou substitutos, entre eles o Matt Le Blanc, o Joey do Friends e a popularidade do programa só está caindo. Há, há)

(Sim, o Jeremy não é nenhum santo ou flor que se cheire, mas há, há de qualquer forma)

E então todos os fã-clubes de Doctor Who se mobilizaram para que o episódio de natal deste ano fosse exibido nos cinemas, tal qual conseguiram fazer com que o Cinemark exibisse The Day of The Doctor e também o primeiro episódio de Peter Capaldi nos cinemas.



E então foi anunciado que David Bradley iria repetir seu papel como Primeiro Doutor no especial de natal em que nos despediríamos de Peter Capaldi como Doctor. Bradley é o zelador Filch de Harry Potter e Walder Frey em Game of Thrones, e não deixa de ser um tanto quanto rabugento como o Doutor de William Hartnell que ele fez no episódio especial que fizeram.

 


(aqui temos à esquerda o senhor Filch como o Primeiro Doutor da imagem à direita)

Assim, em 2013 a série completou 50 anos de existência e tivemos o grandioso The Day of The Doctor em que Matt Smith (11º Doctor) se encontra com David Tennant (10º Doctor) e contamos ainda com o retorno de Billie Piper como Badwolf/ Rose. Ao mesmo tempo foi feito um filme para TV, especial para mostrar como foi a produção para se criar Doctor Who, An Adventure In Space and Time.



Nele Jessica Raine (que é muito gata, desculpe) faz Verity Lambert, praticamente a fundadora da série e eu acho que a primeira mulher a ter tal cargo na BBC, Sacha Dhawan faz Waris Hussein que foi um dos primeiros produtores estrangeiros da emissora e David Bradley interpreta literalmente o ator William Hartnell, que na vida real fez o primeiro Doutor. No filme a história é praticamente que precisavam preencher espaço na grade infantil com alguma coisa e estavam tão desinteressados com o que ia sair que deixaram isso nas mãos de uma mulher e um árabe e no final essa dupla junto a um ator sem muito sucesso e já velho conseguem, mesmo com o baixo orçamento, fazer um grande sucesso. E sim, as imagens abaixo são os atores ao lado das pessoas reais que interpretaram.


Nisso eu vi pela primeira vez um lado mais bondoso e triste da atuação de Bradley que é mais famoso por seus papéis de personagens odiaveis, ora, o sujeito parece que tem cara de mal, mas a real é que ele sabe fazer cara de mal. Quando criança eu vi a Pedra Filosofal e tinha muito medo dele, e do Snape, claro. Mas o ator consegue cortar nossos corações com seu personagem solitário, idoso, dono de uma loja de conveniencias na série Broadchurch (que tem o David Tennant, Jodie Whitaker e Arthur Darvill no elenco, sim, a Inglaterra tem poucos atores).


Ah, uma curiosidade, Sacha Dhawan faz o papel de Davos em Punho de Ferro, a única coisa que falo sem medo que prestou nessa série. Droga de Punho de Ferro. Droga de Os Defensores. Graças a deus fizeram a série do Justiceiro.

E antes do filme começar temos que aguentar o pessoal do Pipocando nos desejando boa sessão e mais um monte de coisa (okay, sendo justo, eles são um dos poucos youtubers BR que ainda tem qualidade), o programa do Flix Channel com a Grafisa, a Larissa Manoela e a "mãe" dela falando sobre ser proibido fumar e tal (não aguento mais ver a Larissa Manoela), acho que foram só três trailers, teve muita propaganda, mas só três trailers. E eu queria rever o do Pantera Negra que é foda e nem esse gostinho eu pude ter. Tive que me contentar com A Cura, que embora o trailer seja foda, aposto que não vou poder dizer o mesmo do filme.

E então, antes do filme começar (episódio que foi exibido no cinema), temos um making - off. E também o lembrete de como a relação Cinemark e DW começou com o primeiro episódio de Capaldi. O que não é verdade, começou com The Day of The Doctor, mas okay.



E no making -off vemos o behind the scenes e depoimentos do elenco, produção, relembramos coisas, o depoimento do Steven Moffat foi o que mais me pegou. Eu já sabia que era um sonho de criança do Peter Capaldi interpretar o Doutor, assim como foi o do David Tennant que virou ator inspirado nisso, e quem diria, também era um sonho do David Bradley ser o Doutor. Mas eu não sabia que Moffat virou roteirista porque queria escrever roteiros para Doctor Who. Ele relembrou seu primeiro roteiro, The Empty Child e de outros como The Girl In Fireplace, Silence In The Library, Blink, que são alguns dos meus episódios favoritos. Isso antes de Moffat se tornar o showrunner da série com a saída dos antigos shorunners Russel T Davies e Julie Gardner, além de David Tennant no papel principal.



Fato é que Tennant com Davies e Gardner fez a série voltar a ser famosa no mundo, mas foi Matt Smith junto com Moffat que consolidaram o sucesso. E agora não nos despedimos só de Capaldi, mas também desse homem, Moffat, que critiquei tantas vezes pelos furos em seus roteiros, a mania de usar um Deus Ex-Machina, a repetição de roteiros, foi aí que eu percebi que vou sentir falta desse homem que criou os Anjos Lamentadores e tantas outras coisas.



Bem, o episódio começou, temos o 1º Doutor prestes a se regenerar, mas ele não quer isso. Ele meio que se despede de seus companheiros (a despedida não é mostrada, mas eu suponho que ele o tenha feito) e vai para o Polo Sul onde se encontra com o 12º Doutor também resistindo a regeneração. Um por medo do que virá a seguir e o outro por não aguentar mais viver tanto. E eles discutem e tal até que o tempo congela e somente eles dois se movem, o resto está parado.



E nisso também conhecemos o Capitão (não é o Capitão América, mas isso seria interessante) em que está numa cratera em Ypres, num campo de batalha da Primeira Guerra Mundial. Ele está com sua arma apontada contra um soldado alemão que faz o mesmo contra ele. E então o tempo também para, exceto para o Capitão que conhece ali uma mulher de vidro e então ele vai parar no Polo Sul, junto aos Doutores.




Mas a mulher de vidro os segue e diz que quer o Capitão. Os Doutores então levam o capitão para dentro da Tardis de Peter Capaldi e o 1º Doutor fica extremamente indignado com o que aconteceu com a Tardis.



Eu mesmo admito, quando vi esse interior da Tardis pela primeira vez eu achei o máximo. Depois enjoei bem rápido e fiquei com saudade do antigo.

Mas a Tardis é capturada e o Doutor não consegue fazê-la funcionar. Eles então vão parar dentro de uma nave alienígena gigante. O primeiro Doutor sai da Tardis para conhecer seus captores e fazer o papel de diplomata. E nisso uma voz que parece vir do além sugere uma troca. O Capitão por outra pessoa. E nisso Bill Potts está de volta.



O 12º Doutor sai da TARDIS puto da vida dizendo que é uma grande ofensa usarem a Bill para uma duplicata, afinal, ela está morta (e pelo visto o Doutor não sabe que a história é um pouco mais complicada que isso), mas ele é coração mole e a abraça.

Pra quem não sabe, Bill foi transformada em um Cyberman (uma espécie de robô feito a partir de um ser vivo e que tem como objetivo transformar todos os seres vivos em Cyberman), e lutou ao lado do Doctor para salvar a população de uma nave espacial da ira dos Cybermans. O Doutor acaba sendo ferido na batalha (por isso vai se regenerar), Nardole que era também seu companion é forçado a abandoná-lo para levar as pessoas que estão protegendo para um lugar seguro, e Bill é resgatada de dentro do Cyberman e volta a ser uma humana graças a Heather, uma entidade que viaja pelo universo que é apaixonada por Bill (elas se conheceram ainda no primeiro episódio da décima temporada em que Bill e Nardole viram companions oficiais do Doutor).



Foi Heather quem resgatou o Doutor, desarcordado, para a TARDIS. Bill não quer mais ser humana e é "convertida" para aquilo que a entidade também é e assim as duas cruzam juntas o universo, mas não sem antes a companion se despedir do homem maluco com uma caixa.

Só que como estava desarcordado, o Doutor acha que ela morreu.

Os dois Doutores decidem agir e começam a analisar a Mulher de Vidro que os capturou e a tecnologia que usa. E novamente o 1º Doutor fica indignado com a maneira de agir de seu sucessor, usando uma chave de fenda que faz barulho e um óclos de sol.

E então todo mundo foge de dentro da nave, 1º Doutor, 12º Doutor, Capitão, e a Bill, afinal, eles ainda tem outra TARDIS. E assim eles vão para a nave do primeiro Doutor e o 12º tem uma ideia de onde eles podem procurar informações, visto que a Mulher de Vidro foi feita a partir de uma mulher que existiu de verdade. E durante a viagem o 1º faz comentários machistas (já tinha feito, mas não na presssença de Bill), por exemplo, o Capitão fala algo sobre a mulher lá ser atraente, ao que Bill fala "isso se gostar de mulheres feitas de vidro" e então o 1º fala "e todas não são de alguma forma?".

Eu só vi um arco (as histórias de Doctor Who antigamente eram divididas em episódios curtos, formando um arco, não eram em um único episódio como é hoje em dia, ou que é dividido no máximo em duas partes) e ele tinha a companheira dele que era a sobrinha Susan e a professora dela, não vi ele sendo machista, muito menos com as companions, mas ficou muito bom na história. E engraçado também, já que o 12º fica tentando disfarçar os ataques de tiozão de sua encarnação do passado.

Bill questiona o pensamento do velho que fala "bem, eu tenho certa experiência com o sexo frágil" ao que a antiga companion do Doctor fala "eu também". O Primeiro e o Capitão entendem o que ela quer dizer. E ficam chocados, não indignados veja bem, mas chocados, o que torna a cena bem cômica.

Acho que é a primeira vez que o primeiro não fica indignado com algo.



E nisso eles vão parar num planeta em ruínas onde o 12º diz haver o maior banco de dados de todos. E lá, o Capitão é atacado por um ser pequeno que não dá para identificar direito. Ele então volta para a TARDIS, auxiliado por Bill e pelo 1º. Bill quer ir com o Doutor, mas este quer que ela fique dentro da nave para não correr nenhum risco, pois mesmo não tendo certeza se essa é Bill Potts, sua compaion, ele não quer perdê-la de novo.

O Primeiro vai junto com o 12º, quando são atacados. O 12º diz que é um amigo, ao passo que o 1º questiona o tipo de amigo que sai atirando. O Doutor do Capaldi vai falar com o "amigo" enquanto que o de Hartnell/ Bradley fica xeretando por aí.

Bill ajuda o Capitão e nos é mostrado que na verdade ela também é um ser de vidro. Oh.



O décimo segundo Doutor então se encontra com seu amigo, Rusty, ou o Bom Dalek. Para quem não sabe, os Daleks são uma espécie alienígena criada para terem apenas emoções negativas e quererem exterminar tudo que não seja Dalek. No episódio Into The Dalek, o Doutor foi encolhido e entrou dentro de um Dalek, Rusty, e mostrou para ele as maravilhas do universo, na tentativa de torná-lo bom. Mas Rusty viu também o ódio do Doctor. O ódio contra os Daleks. Nisso ao invés de torná-lo bom, o Doutor converteu o ódio de Rusty a todos os outros seres em um ódio profundo contra os Daleks, sua própria raça.

Eu diria que foi então uma missão bem sucedida, embora o Doutor tenha ficado mal em ver que nele existe um ódio tão profundo, afinal.

Os Daleks tem uma rede entre eles e o Doutor a usa para descobrir quem era a mulher que fez a Mulher de Vidro. Nisso ele descobre que a mulher era de um grupo de cientistas que fez um esquema de viajar no espaço e tempo coletando as memórias e aparências das pessoas antes de morrerem e coloca em "recipientes", tinha outro nome, mas não lembro agora. E esses recipientes são como a Mulher de Vidro. Ou seja, não tem nada de maligno. Na verdade, eles são como historiadores, guardando a história e as memórias das pessoas. E então o tempo para, exceto para o Doutor, e Bill, que aparece ali.

O 12º fala que ela não é a Bill de verdade e ela diz que é sim, afinal, o que somos senão um amontoado de memórias? Finalmente é explicado que estavam pegando as memórias do Capitão, quando ele foi sugado para perto dos dois Doutores, que são especialistas em bagunçar o espaço e o tempo como podemos ver essa informação ser confirmada por isso. E o Capitão precisa voltar para o lugar em que irá morrer.



O Capitão não gosta da ideia, mas aceita seu destino. Eles então o levam de volta para a cratera, ele se despede de Bill e dos Doutores, que prometem cuidar da família dele, e volta para sua posição de apontar uma arma para um homem que está apontando uma arma para ele. E então o tempo volta a correr, com o Capitão não se lembrando de nada do que aconteceu.

E então os soldados alemães começam a cantar. Um canção de natal. E os soldados britânicos também cantam. É a Trégua de Natal, evento histórico real em que na semana de natal de 1914 nesse lugar os exércitos britânico e alemão fizeram uma pausa, confratenizaram, trocaram abraços, apertos de mão, jogaram até um futebolzinho, trocaram comida, uns presentinhos, e esse evento de fato aconteceu na vida real e isso salvou a vida do Capitão. Capitão esse que é o avô do brigadeiro Lethbridge - Stewart. Um dos principais nomes da UNIT, uma organização contra ameaças alienígenas e um dos mais fiéis amigos do Doutor na série clássica.



O Primeiro Doutor então se despede de todo mundo e entra em sua TARDIS, aceitando que irá morrer e se regenear e eles não refilmaram isso, mostraram as cenas originais. Eu entendo que tenha sido uma homenagem e respeito ao material original, mas eu teria achado muito daora se tivessem refilmado.

E então o Doutor tem mais um bate - papo sobre memórias com Bill, ou as memórias da Bill, e então ela mostra para ele porque elas são tão importantes. E então o Doutor vê no lugar dela Clara Oswald. A companion anterior a Bill. Quando Clara morreu para salvar a vida de uma pessoa, sua morte acabou se tornando um ponto fixo no tempo, ou seja, não poderia ser alterado. Mas o Doutor ignorou isso e a salvou usando uma alta tecnologia de Galiffrey, mesmo pondo todo o universo e a existência em risco.




Essa é uma das coisas que sempre me irritou, a importância exagerada que dão pra Clara. Ele não fez nada para salvar as outras companions do passado, a Clara salvou o Doutor várias vezes, verdade, mas também mostrou ser capaz de cometer traições, mesmo que não por ser má, mas por ser egoísta. Caramba, teve companion que morreu de forma bem trágica, mas não, é a Clara, vamos salvar a Clara.

Enfim, os Time - Lords (que estão de volta, Gallifrey, o planeta natal do Doutor, afinal foi salva no episódio The Day of The Doctor) não estão nada satisfeitos com isso. O Doutor teme que eles a encontrem através das memórias que ela tem dele e pretende apagá-las assim como fez com Donna Noble. No caso da Donna foi porque ela virou uma Time - Lady, só que o corpo de humana não aguentaria tanta isso e então ele apagou as memórias de todas as aventuras dela para que assim ela ainda achasse que fosse humana, bloqueando a parte de Time - Lady.

Os fãs esperam ansiosamente pela volta da Donna.

Eu acho que não rola, mas ei, a Sarah Jane Smith, antiga companion do 4º Doutor, voltou e com uma série própria ainda por cima. E só demorou alguns aninhos...!

Clara então mexe no aparelho que o Doutor usa e ao invés de apagar as memórias dela, apaga as dele mesmo. Clara então deixa o Doutor junto de sua TARDIS e viaja no espaço e tempo com outra e ela decide voltar para Galiffrey, pois sua morte tem que acontecer. Só que ela decide passar por algumas aventuras antes, junto de Eu, que é outra personagem que já estou cansado e não vou descrever quem é. E apagando as memórias do Doutor, Clara vai impedir que ele tente salvá-la, pois afinal, o universo estaria em risco por isso.

E mesmo com esse meu ranço com a personagem, eu chorei nessa hora.

O Doutor nessa hora tem suas memórias restauradas. Ele volta se lembrar de quem é Clara Oswald, como ela é, e tudo mais.

Clara então volta a ser Bill e Nardole também aparece. Mas o Doutor reage, ele diz de novo que não são os verdadeiros Bill e Nardole que estão na sua frente. Mas entende, oh sim, ele entende o valor das memórias, e de como com isso eles sempre estarão com ele. Sim, seus companions sempre estarão com ele em suas memórias.

E então os três se abraçam, até que Bill e Nardole somem, afinal, são apenas projeções mesmo. Sempre foram projeções de memórias.

 


O Doutor entra em sua TARDIS e aceita a regeneração. E há explosão. Não tão grande como a do David Tennant, mas ainda assim faz um tremendo estrago no interior da TARDIS e eu fiquei muito feliz com isso, ja que a regeneração do Matt Smith pro Capaldi foi bem broxante, e ao mesmo tempo fiquei triste. É o fim, o fim da era Moffat, adeus Peter, que ainda tem o menor número de episódios que eu gosto por Doctor, mas que ei, no final, acabou me conquistando.



E então temos Jodie Whitaker como Doctor.



E ela aperta um botão no painel... E dá tudo errado. A TARDIS se inclina em um ângulo de 90º e as portas se abrem. Tá tudo pegando fogo e a Doutora acaba caindo para fora da TARDIS e ao fundo podemos ver que ela está acima das nuvens de alguma cidade (provavelmente Londres porque tem um rio e estamos falando de Doctor Who) e o episódio acaba.

Declarações finais:

É a primeira vez que escrevo desse jeito, eu me inspirei/ copiei no estilo do Blog do Amer e agora entendo porque esses artigos dele demoram tanto para sair, é muito trabalhoso e cansativo. Putz grila. Mas decidi fazer um assim, finalmente, e Doctor Who parecia bastante adequado para isso.

Teve mais um behind the scenes depois, mas não vou falar disso.

Eu vi o Omelete dizendo que era uma aventura fraca ou algo do tipo e sinceramente eu não confio muito na opinião deles (isso por filmes anteriores), mas é necessário entender que os episódios de Doctor Who são feitos para um tipo específico de público e esses especiais são feitos mais ainda voltados para os fãs mesmo. Ora, quem não acompanha Doctor Who vai se perguntar quem raios é Bill Potts e por que devo me importar com ela? Como assim esses dois velhos são a mesma pessoa? Que papo é esse de regeneração? Quem é essa menina chamada Clara que aparece no final? WTF?

E foi muito bom. Uma boa aventura, até porque não foi necessário enfrentar monstros ou aliens no fim, isso foi uma surpresa bastante agradável e que combina com o clima de despedida, assim como usar a Trégua do Natal uma ótima ideia. O especial de natal do ano passado, o Retorno de Misteryum, foi ruim no sentido de que só os primeiros minutos se passam no natal, o resto parece acontecer em qualquer data do ano, porra. Aqui temos sim a magia do natal e foi bem bacana de ver um dos eventos mais comoventes da história ser retratado.

E não sei porque, mas a aparição da Clara foi mesmo impactante para mim, mais até do que a da Amy na despedida do Matt Smith foi, e eu gosto mil vezes mais da Amy do que da Clara. Talvez tenha sido o roteiro, a construção das personagens, não sei, só sei que eu chorei e gostei muito disso. Fazia tempo que eu não chorava com Doctor Who.

E eu já gostei da Jodie, mesmo com ela tendo alguns segundos de tela, e fazendo uma cagada imensa ao se ejetar para fora da TARDIS, já simpatizei com ela.

E é isso. Adeus Peter Capaldi. Mesmo não sendo nem de perto o meu Doutor favorito, aprendi a gostar do seu personagem. E mais, você é um whovian de respeito, que assistia as aventuras do primeiro Doutor de William Hartnell, não tem como eu não gostar de ti. Você literalmente abandonou a série em que tinha um dos papéis principais para fazer o Doutor. Claro que deve ter sido um pouco filhadaputice isso com a equipe de The Muskerteers, mas eu não o culpo por isso.

William Hartnell agora é sem sombra de dúvidas um dos meus atores favoritos também.





quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Sou palmeirense. Era para eu estar super feliz com o título do Brasileirão 2016. Foram 22 anos sem conquistar o nacional. Um time que passou por vários problemas desde econômicos a administrativos, e víamos isso com times medíocres e ruins, tanto que foi rebaixado duas vezes para a série B, quase rebaixado outras duas, mas que conseguiu se reerguer, porque futebol também é superação. 

Mas para dizer a verdade se a CBF aparecesse e dissesse "não, vamos dar esse título para o Flamengo porque sim"... Eu não me importaria. Isso não me importa mais. Não há motivos para festa. Nem celebração, não enquanto um outro time, o time com o qual o Palmeiras jogou e foi campeão ao derrotá-los por um a zero com um gol de um ex-jogador deles. Não há motivo para sorrisos depois do que aconteceu com a Chapecoense. 

E cada vez mais que conhecemos mais a fundo esse time, seus dirigentes, comissão técnica, jogadores, sua cidade, cada vez mais que adquirimos mais informações sobre eles, maior fica a vontade de chorar. Eu não sou uma pessoa de chorar fácil. Nem no futebol eu já chorei. Já gritei muito, de raiva, frustração, felicidade, alegria... Mas tristeza nunca. E foi o que fiz quando soube que o técnico Caio Jr. estava morto. Antes eu achava que esse negócio de colocar filtro na foto do Facebook era bobagem. Agora eu sei como mostra apoio e solidariedade. Que não é uma modinha, mas um sentimento. 

Eu queria desabafar um pouco antes de começar com o texto que aborda o que de fato me motivou a escrever este post. Catraca Livre, ATEA e o Não Me Kahlo. 

Vou começar pelo coletivo feminista. Acho que nessas horas as declarações mais simples são melhores. Por exemplo, dizer que sente muito, para alguns pode até soar meio falso de tanto que é utilizado, mas tem ouvidos que só de escutarem essa simples frase já ficam muito agradecidos. No caso do coletivo Não Me Kahlo, não estou aqui para julgar nada do que digam ou façam, nem digo que o pessoal dele agiu de modo errado, mas quero mostrar o que aconteceu. 



Então, nesse caso nem houve tanta repercussão negativa, e se houve foi por causa disso que fizeram o update no final, o que mesmo assim não impediu alguns poucos de reclamarem na internet. Entendo que seja um coletivo feminista que queira defender as mulheres e, de fato, as ideias trazidas no texto, eu sou totalmente a favor, não vejo nada de errado. Não gosto de reportagem que fica insistindo em falar com familiares de vítimas, pelo menos deixe esperar algumas semanas para a pessoa se recuperar.

Mas então, a reação negativa já é explicada no próprio update, que é o fato de que estão todos desolados pelos jogadores. Talvez tivesse sido melhor ter começado o texto falando deles e depois também sobre as esposas, mães e namoradas. Como um acréscimo, afinal, foram eles que morreram no avião. Se colocassem algo de contraditória, como um "mas" ou um "porém", exemplo: lamentamos muito por eles, mas e quanto as mulheres? - Não ficaria legal porque nesse caso lembra as pessoas que nessas horas falam de pena seletiva falando das crianças da África, como se uma vida valesse mais do que a outra ou como se quisesse impor com quem você deve se solidarizar.

Mas no geral é só isso, o updta que fizeram foi bom e resolve rápido a questão. Mas enfim, eu acho que tem vezes, e essa é uma delas, em que uma imagem vale mais do que mil palavras.


Agora.... ATEA. O que está acontecendo? Eu sou agnóstico, mas estou começando a achar que essa página quer mesmo não debater religião, ateísmo, fazer uma piada ou outra e quebrar algumas falácias cristãs, especialmente quando interferem na ciência ou na política. Porque que posts foram esses?

Ok, não vou julgar aqui os posts, mas eles dão muito a entender que estão tirando sarro e deboche das vítimas, especialmente esse primeiro do treinador. Tudo bem que vocês possam se ver como aquele que chega com opinião firme e bate na cara porque de outro jeito não te entendem ou não captam a mensagem, mas é no mínimo pesado isso. Sobre a foto dos jogadores rezando, esse me fez ver que vocês não são ateus ponto. Ateu simplesmente não acredita que Deus exista. Isso aí já é ser contra a religião mesmo, a não ser que seja mais piada do que crítica, mas estou falando dos efeitos, e os efeitos seriam os mesmos em ambos os casos.

Fora que esses aí que estão rezando não é o time da Chapecoense e sim o time do Palmeiras.

Sei lá... Uma pessoa para ser religiosa não precisa necessariamente dar algo para a Igreja. Muitas creem em Deus de graça, por assim dizer. E parece um pouco desrespeitoso. E essa nota de pronunciamento tem um tom bastante arrogante, para ser sincero. E esse último post que pode ser um inbox verdadeiro ou não, eu acho estranho terem printado, mesmo que mantendo quem mandou de forma anônima, sendo que pedia para não tirarem print.

Eu ia falar do Catraca Livre... Mas acho que não preciso dizer nada.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O Que Aprendi Com How I Met Your Mother

Aprendi como enrolar ao máximo seu público com uma história que poderia ter sido desenvolvida em quatro temporadas ao invés de nove e que mesmo fazendo uma execução até que boa, estragar tudo no final.
Resultado de imagem para how i met your mother
Entre outras coisas.

Vou falar o que aprendi com cada um desses personagens. Pode parecer estranho, mas acontece que eu assisti a série quando era adolescente, ainda no ensino médio, onde fui bombadeado o tempo todo, num bom sentido, de filosofias, ideologias, feminismo, comunismo, sociedade, entre outras coisas desse tipo e bem, acho melhor falar um pouco sobre cada personagem e como eu me identifiquei e o que aprendi com cada um deles:

-Ted
O Ted, que é quem conta a história de como conheceu a mãe dos filhos dele, não me agregou muita coisa para dizer a verdade. Talvez seu jeito positivo de ver as coisas e o modo como sempre vai em frente, mesmo depois de todos os obstáculos. Confesso que já fiquei na bad por causa de HIMYM porque eu via meus fracassos amorosos na vida real e ainda tinha que ver o Ted fracassando na TV onde eu supostamente deveria me desligar da realidade com uma boa comédia. Mas isso é só problema meu e Ted mostrou que com perseverança, podemos conseguir nossos objetivos.
O que não é uma lição muito incomum em séries, filmes, quadrinhos, etc. Então vamos para outro personagem.

-Lilly e Marshal
Também não me agregou muita coisa nenhum dos dois porque, assim como o Ted, eu me identifiquei demais nos personagens pelas características, gostos ou formas de pensar. Especialmente o jeito fofo desse casal tão belo. Talvez sobre ligação e relacionamento forte, mas não sei. Ou então que não é só porque seu melhor amigo tem uma parceria amorosa que você fica de fora.
Não. Isso eu já sabia.
Vamos para o próximo.

-Robin
A Robin ensinou coisas mais para o meu pai do que para mim. A Robin é forte, independente, charmosa, e tem uma personalidade muito forte, com humor bem irônico. Tem gente que não gosta, mas eu gosto. Sou irônico e devo dizer que minha irmã mais velha parece muito com a Robin. Especialmente na dedicação ao trabalho e de como mostrar quando as pessoas estão fazendo idiotice, mesmo sendo um pouco grossa de uma forma que a Lilly não seria. Agora, sobre meu pai, ele não entendia como uma mulher poderia aparecer com tantos caras diferentes. Minha irmã então questionou porque ele não perguntou nada a respeito do Barney que pega uma moça diferente a cada segundo.
Acho que aqui eu também aprendi algo. Não precisa ter relacionamento forte ou querer algo duradouro, às vezes, uma pessoa que ficou só por uma semana já é algo a ser recordado e ninguém é vadia ou cachorro por causa disso... Exceto em exagero, caso do Barney, mas não da Robin. Mas aí é escolha de cada um.
Uma amiga minha falou que na visão do Ted, às vezes, a Robin parece uma vilã. Não achei isso. Vi apenas como aquela garota que infelizmente não tá na sua e que você precisa se conformar com isso: friendzone (um mal que afeta a todos e a todas).

-Barney
Ah, com ele eu aprendi o Bro Code. Sério, esse troço faz sentido. Mas o que eu mais vejo no Barney é um monte de coisas que eu não sou: extremamente extrovertido, brincalhão, pega mulherada em geral... Mas se tem uma coisa que eu vejo nele e não no personagem do Charlie Harper, mesmo com todas as piadas e tal, é o respeito pelas damas. Ele consegue na série as garotas pelas várias cantadas bizarramente engraçadas, mas principalmente pela sua educação, elegância e charme. Coisa que você não vê naqueles caras na rua que ficam assobiando. Se alguma menina ler isso, comente que talvez eu tenha aprendido errado, mas foi o que eu entendi.
Barney por várias vezes é um desgraçado egoísta, e sinceramente, eu gosto muito de personagens diferentes, mesmo que com aspectos negativos. Um exemplo máximo é o Dr. House, rabugento, irônico, sádico, indelicado, mal-educado, e mesmo assim um dos meus personagens favoritos. E sei lá, gosto de ter pessoas bem diferentes de mim próximas, até como amigos. Sempre aprendo algo novo.
Ou então eu que ensino algo.

Para quem quiser: eu acho que o Barney e a Robin deveriam ter ficado juntos e o Ted com a mãe dos filhos dele sem esse lance de voltar com a Robin.
Meus episódios favoritos? Os do casamento da Robin e do Barney, claro. Personagem favorito? Acho que já deixei claro que é o Barney. Me identifico muito mais com o Ted, mas o Barney é um dos melhores que eu já vi na TV. Neil Patrick Harris, é gay, e faz um pegador de mulheres. Ator bom é outra história. E nossa, como esse cara não envelhece.

E eles estão certos. Se reunir com os amigos no bar/pub é bem mais legal do que num café.

sábado, 23 de julho de 2016

Torchwood - Review (com spoilers de uma série acabada em 2011)

Há muito tempo eu sou fã de Doctor Who e estava muito curioso para ver o spin-off da série, Torchwood, que já nasce com uma história bacana, visto que Torchwood é um anagrama para Doctor Who e que esse era o nomes que o pessoal que queria reviver Doctor Who em 2006. Ou seja, top secret na BBC. E bem, com o sucesso que Doctor Who acabou fazendo, vieram os spin-offs. Para histórias mais infantis veio The Adventures of Sarah Jane Smith. E para temas mais pesados, veio Torchwood, com o personagem de Doctor Who, Jack Harkness.

Russel T. Davies é um cara que quando eu vejo um trabalho dele eu reconheço, seja pela direção, roteiro ou pelo estilo do cara mesmo. E vi muito disso em Torchwood e já adianto: foi difícil ver as duas primeiras temporadas de Torchwood que para mim tiveram poucos altos e muitos baixos. A começar que pareceu-me muito com a primeira temporada da nova série do Doctor Who, com o Christopher Eccleston e essa é a temporada que eu menos gosto. Já vi muita reclamação com relação a algumas histórias com o David Tennant, com a Martha, e eu digo plenamente que gostei de todos os episódios com o Tennant.

Acho que isso se deve ao fato do David Tennant. Seu doutor é um dos mais carismáticos, energético, engraçado, um dos melhores sem dúvida. E em Torchwood temos apenas o capitão Jack Harkness que apesar de também ser carismático e engraçado, não é a mesma coisa que o excêntrico e divertido doutor.

E sinceramente eu gostei quando o Tosh e a Owen morreram, para mim eram os personagens mais chatos. Mais chatos até do que o Ianto que servia mais de faz-tudo em Torchwood do que outra coisa. Owen até teve um desenvolvimento interessante, especialmente com o negócio dele ser um morto-vivo. E a Toshiko teve bons episódios, mas na maior parte do tempo eu não via uma química entre os atores que justificasse uma paixão entre os personagens, pelo menos da parte da Tosh, e não os via encaixados com os outros personagens. Só com o Jack.
E antes que eu me esqueça, Jack e Ianto são o casal gay mais legal que eu já vi na TV.

E então veio a terceira temporada com Children of Earth e cara, eu adorei essa temporada. A série seguia um caso por episódio e estava enchendo o saco isso. Doctor Who diversas vezes seguiu esse modelo, mas era algo divertido, ou dramático ou com reviravoltas. Os roteiros de Torchwood sempre me pareceram que eram ideias que foram descartadas para Doctor Who. E Children of Earth é digno de Doctor Who, com momentos de alívio cômico bem vindos, cheio de carga dramática boa, um roteiro bem estruturado, reflexões, ou seja, só o melhor de Russel T. Davies.

E então tivemos Torchwood Miracle Day. A maioria dos blogs que eu vi não gosta de Miracle Day e eu vi que muitos fãs também não, dizendo que a parceria com a Starz deixou a série muito descaracterizada. Bem, vejamos, na temporada anterior, só DOIS membros da equipe sobreviveram, e isso porque um deles, Jack Harkness, é imortal. A base deles foi destruída, ou seja, tudo que era governamental ou do tipo com o nome Torchwood acabou. Então é meio óbvio que iria ter que mudar bastante coisa.

E também vi gente reclamando que a trama não tem algo muito alienígena, bem, sinceramente, eu agradeço por um pouco mais de criatividade, porque ainda nos deparamos com algo bem sobrenatural que é o fato de que as pessoas param de morrer no mundo inteiro e há muita reflexão, debate, valores morais questionados, tudo por causa de um mundo em que as pessoas simplesmente não morrem. E foi muito boa a meu ver. Os personagens introduzidos, o detetive da CIA Rex Matheson, a doutora Vera Juarez, Esther Drummond, que foram colocados para substituir Owen, Tosh e Ianto, meu, eu sinceramente achei os personagens e os atores bem melhores que seus antecessores.

E os efeitos especiais e cenas de ação estão melhores que nas temporadas anteriores graças a um orçamento maior e vi gente reclamando disso porque era mais uma perda de identidade. Mano, eu não entendo como algo ruim possa ser uma identidade. Os efeitos de Doctor Who a alguns anos eram um lixo e se você compara as temporadas do Peter Capaldi com as do David Tennant, mesmo com as do Matt Smith, você nota uma melhora clara e para mim mais do que bem vinda, mostra não só algo mais agradável e bem feito, como também comprometimento e esforço com a série.

E tivemos mais uma dose de Russel T. Davies que para mim se teve algum corte no roteiro, eu só encaro com as pontas deixadas soltas para uma nova temporada e aquela introdução no final do amor do passado do Jack que remete às três famílias, que teriam causado a parada de mortes no mundo, o evento chamado de milagre. Miracle Day. Ou o fato de terem tornado o Rex imortal também.
E também acho uma má ideia matar a doutora Juarez e a Esther, não só porque me apeguei às personagens como muita gente se apaga às companions do doctor, mas também por terem acabado de serem introduzidas para supostamente formar uma nova equipe Torchwood. Mas não acho que deva reclamar muito, pois as mortes foram todas bem feitas e escritas e isso é algo que eu sempre admirei em Russel T. Davies. Ele sabe matar bem tanto quanto George R. R. Martin. Ele só não matou o doutor e Jack porque eles são peças fundamentais e... Bem, imortais não? O Doutor pode morrer, mas sabemos que ele irá se regenerar.

E eu acho que é isso que nos faz muitas vezes nos apegamos aos personagens secundários. Pois nós sabemos como esses personagens se relacionam com os outros. Eles não podem morrer, então se preocupam bem mais com seus amigos e quando eles morrem, o sofrimento acaba sendo maior e isso é passado para o telespectador.

Eu senti bem mais, chorei, pelas mortes ocorridas em Children of Earth e Miracle Day do que qualquer outra morte de membros da equipe nas outras temporadas da série.
Eu não reclamo dessa nova roupagem em Torchwood. Olhe Doctor Who com Peter Capaldi. Olhe Doctor Who com Christopher Eccleston. Olhe Doctor Who com Paul McGann, ou com Colin Baker, Tom Baker, William Hartnell... São todos diferentes, alguns tem diferenças gritantes visualmente, pelas histórias ou pelas personalidades em seus doutores. Mas mesmo assim, mantiveram várias coisas da série.
Com Torchwood não foi diferente. Ainda temos membros recrutados por Jack. O próprio capitão Jack Harkness é um ponto que não mudou nunca na série assim como seu casaco militar. Ainda temos Gwen Cooper que teve um desenvolvimento muito bom, com a filha nascendo, seu marido Rhys e também o amigo policial Andy, todos muito bem interpretados e com mais espaço, o que foi muito legal de se ver. Especialmente do Rhys. E é claro, ainda temos uma equipe de especialistas em suas áreas lutando contra algum grande mal. Males que em Children of Earth e Miracle Day fariam o próprio doutor coçar a cabeça sem saber como solucionar tudo.
E termino dizendo que eu não vi a sede da Torchwood se mudando para os EUA. Porque não tem sede nenhuma, foi tudo destruído, e quer goste ou não, eu achei isso muito bom, foi uma ousadia bem feita e que não comprometeu com a criação de uma boa história.

Recentemente, John Barrowman, o ator que fez o capitão Jack, disse que está negociando para trazer Torchwood de volta à TV. Não sei como vai ser, aliás, ninguém fora do projeto sabe, será que seguirão com as histórias feitas em animação e áudios? Ou vão simplesmente tentar algo novo parecido com a volta de Doctor Who em 2005? Teremos a volta da Gwen? E quanto a Rex Matheson, o outro imortal? Ou vão ignorar que Miracle Day existiu de tamanho desgosto que foi recebida?

Vejamos como vai ser.
Só sei que se fizerem uma nova temporada, que tenha pelo menos um ÚNICO episódio com aparição do doutor. Foi muito broxante quando ouvirmos o som da TARDIS dentro da sede da Torchwood no final da primeira temporada e... E é só isso. E a Martha Jones lá, apesar de legalzinha, pareceu muito com um prêmio de consolação. Premiando aqueles que queriam o doutor aparecendo em Torchwood e tiveram que se contentar com a Martha, que apesar de eu gostar da personagem e da atriz, é uma das companions mais impopulares da série, diga-se de passagem.


sábado, 16 de julho de 2016

Nowhere Boys - Crítica de uma série australiana

Você já viu sotaque de australiano? É muito interessante de se ouvir. É diferente do britânico e do sulista dos EUA que você ouviria de algum caipira do Texas. Alguns acham que é mais difícil de se entender, eu sinceramente acho mais fácil porque eles acentuam mais, por isso também que eu prefiro conversar em inglês com um mexicano, um chinês ou um indiano, pois provavelmente eles vão forçar mais alguns sons que um inglês não faria e consequentemente eu vou entender melhor justamente por causa dessa forçação.

Mas vamos ao que interessa de fato: Nowhere Boys.
Não confunda com Nowhere Boy, o filme do John Lennon.

Nowhere Boys é uma série adolescente que eu vi que tinha na Netflix, a trama me interessou: quatro rapazes se perdem no meio de uma expedição na floresta e precisam fugir de um furacão que surge sem mais nem menos. Quando eles voltam para a cidade, se deparam com uma cidade em que é tudo igual ao que eles se lembravam exceto pelo fato deles nunca terem nascido. Isso mesmo. Eles voltam para casa, encontram amigos, suas casas, família, mas está tudo diferente, pois eles nunca nasceram.

A premissa é bem bacana e chama a atenção, mas desenvolver é outra história. O desenvolvimento é cheio de clichês, mas a série se salva por ter um ritmo bastante acelerado e um humor que domina o tempo todo. Um humor bem feito que é resultado das relações entre os personagens e seus desenvolvimentos. O elenco nesse quesito tá de parabéns. Você sente empatia pelos personagens como em Sense8. E isso só é possível graças ao elenco. Não há nenhum roteiro ruim que não resulte num bom filme com os atores certos. Especialmente se os atores estiverem gostando da experiência, como parece ser o caso.

Dougie Baldwin interpreta Felix, um garoto gótico que mexe com misticismo, Joel Lok que faz Andy Lau, um descendente de asiáticos ingênuo e nerd, Rahart Adam interpreta Sam Conte, o garoto bonitão e popular que tem uma namorada que todo mundo no colégio gostaria de ter, e Matt Testro faz Jack Riles, um garoto com raiva da vida e antissocial. Personagens até que padrões em tramas adolescentes, mas que são bem usados, de uma maneira que não fica na superficialidade.

É muito legal de se acompanhar a série por dois pontos: o mistério é claro, e como eles vão resolver tudo isso para voltar ao mundo como eles conhecem e também ver como é que anda a vida das pessoas próximas a eles sem que eles nunca tenham nascido. Que decisões os pais podem ter tomado por causa dos filhos? Ou os irmãos? Amigos? Namorada?

A série, apesar de bastante premiada, já não se encontra mais no catálogo da Netflix, o que é uma pena, pois ficamos sem a continuação da segunda temporada. Tudo bem que aí a série pareceu caminhar demais para clichês no final, mas, talvez, se bem executado, seja perdoável e legal de assistir. Afinal, não são muitos episódios e todos duram menos do que trinta minutos. Estou ansioso para encontrar em algum lugar a segunda temporada e também o filme que saiu em janeiro deste ano (2016).

Assista Nowhere Boys sem medo de ser feliz. Não é uma trama complexa digna de Emmy como Game of Thrones, mas vai preencher bem o seu tempo.

sábado, 9 de julho de 2016

Melhores Canais Musicais no YouTube 5

Desculpe que as listas estejam com nomes diferentes, sendo que tem "os melhores músicos" e não "os melhores canais" e tem também uns que é "no YouTube" enquanto que tem aqueles que são "do YouTube", mas enfim, os links tão aqui como sempre, não esqueça de conferir, assim como não deixe de ver os canais selecionados para está lista.
-http://walterlino-waltrinia.blogspot.com.br/2014/01/os-melhores-musicos-no-youtube.html
-http://walterlino-waltrinia.blogspot.com.br/2014/06/melhores-canais-musicais-do-youtube.html
-http://walterlino-waltrinia.blogspot.com.br/2015/02/melhores-canais-musicais-do-youtube-2.html
-http://walterlino-waltrinia.blogspot.com.br/2015/05/melhores-canais-musicais-no-youtube-3.html
-http://walterlino-waltrinia.blogspot.com.br/2016/04/melhores-canais-musicais-do-youtube-4.html
Se prepare que a lista dessa vez é um pouco mais comprida do que o normal.

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-Juliana Vieira

Finalmente temos uma brasileira nesta lista e, saindo um pouco do padrão piano-violino que eu sei que domina essas listas que eu faço, temos uma guitarrista. A garota é jovem e já demonstra muito talento, encantando tanto brasileiros quanto gringos, o que justifica a quantidade dos comentários no vídeo de respostas que ela fez, em que uns fãs ali pediam para que ela colocasse legendas em inglês. Seguindo o padrão dos canais que eu coloco, ela faz ótimos covers. De bandas e artistas que com certeza você já ouviu falar, como AC/DC, Linkin Park e Avril Lavigne. Destaque também para sua técnica na guitarra. E ela tem dedicação, vi vídeo dela de 4 anos atrás. E vou te contar, tem vídeos de músicos que eu acho muito bons, mas me decepciona quando o canal não é atualizado há um ano ou mais.
Recentemente ela lançou um vídeo com uma música original, o que eu também acho muito legal, quando alguém famoso por covers passa a fazer também suas próprias músicas, mesmo que só no instrumental, como é o caso da já vista neste blog, Taylor Davis. Enfim, não deixe de ver o canal dela e apoiar pessoas que fazem arte no Brasil.

-Filip Jancik

Eu não entendo. O cara é super-habilidoso, tocou em várias partes do mundo, tem dois vídeos que claramente contam com uma produção que gastou um dinheirinho aí... E mesmo assim o canal do cara tem menos do que 5 mil inscritos. Ele continua a tocar em outros países. Mas, como eu disse, só dois ou três vídeos que eu vi uma produção mesmo. O resto é gravação dele no palco. Seria legal se ele gravasse mais vídeos originais, mesmo que sendo covers como os que ele fez. Mas enfim, o cara é muito talentoso e vale a pena conferir o trabalho dele.

-IAmDSharp

Mais um violinista, e esse também manda muito no instrumento. DSharp, esse estadunidense, que além de violinista é DJ e cantor, tem uma pegada em seus covers bem hip-hop, música eletrônica e clássica, numa combinação que fica muito boa. Os vídeos dele também são muito bem produzidos, e sim, eu acho que talento não precisa de uma baita câmera com luzes e cenários exuberantes, que pode fazer gravar no celular no canto do seu quarto sim, mas uma produção bacana ajuda, especialmente se quiser fazer o canal crescer, mostra dedicação e que está fazendo sucesso.
Recomendo muito o canal desse cara que já tem um pouco mais do que 450 mil inscritos. Você não vai se arrepender. Esse cara tem uma bagagem grande de experiencia e provavelmente literal também, já que ele já tocou em vários países no mundo inteiro, Austrália, Europa e Ásia. Iniciou sua carreira em 1999 e hoje é também produtor e compositor, veja só.

-Jenny Kaufmann

Se temos mais um violinista, então teremos mais uma pianista, dessa vez é a jovem Jenny Kaufmann. A garota está em quase todos os seus vídeos na mesma posição no piano com um boné na cabeça, mas o que chama mesmo a atenção é o seu talento para a música. O dedilhado dela é muito bom e o som é bem agradável de se escutar. Por enquanto o canal dela tem apenas 34 mil inscritos, mas eu acho que é só questão de tempo para ficar mais popular, porque, sinceramente, ela toca demais no piano. O que eu gosto dessas listas agora é que antes eu ficava falando só de canal que já era bem popular e agora eu também fico indicando canais que não tem muitos inscritos e eu acho que vale mais a pena fala e divulgar esses (mesmo este blog não tendo muitos seguidores).

-metalsides

O violinista Daniel Jang (asiáticos realmente tem lugar garantido nessas listas), estadunidense descendente de taiwaneses, Daniel, do canal metalsides, toca desde covers de músicas famosas a músicas clássicas, além de gravar vlogs e behind the scenes. Todos os seus vídeos são muito bem feitos e o cara tem uma qualidade incrível no instrumento. Seu canal já tem mais de 35 mil inscritos, vá se juntar a eles, você não vai se arrepender. Ele toca desde que tinha apenas 7 anos e também sabe tocar piano e guitarra.

-TheSnakerCharmer

Variando um pouco o instrumento, chegamos aqui com uma gaita de foles. Isso mesmo, e se você acha exclusivamente que o som desse instrumento é irritante ou algo do tipo, isso é porque você nunca ouviu está garota da Índia tocar. Interessante o nome do canal, que é o mesmo nome de uma obra de Jean-Léon Gérôme, que mostra um cenário na Índia. Ou talvez seja inspirada na música mesmo que tem esse nome também. O canal demora para postar novos vídeos e conta hoje com um pouco mais de 4 mil inscritos. Eu recomendo altamente que você se inscreva, pois poderá acompanhar o crescimento de uma talentosa artista.

-Amadeus - The Electric String Quartet

Quatro mulheres lindas, duas tocam violino e cuidam do vocal (Andreea Runceanu e Bianca Gavrilescu), uma toca cello (Patricia Cimpoiasu), a outra toca piano (Naomi Anelis), juntas elas formam uma banda. Uma das melhores ideias que eu já vi para banda. Criada no ano 2000, essa banda já lançou álbum, tocou em festivais e shows no mundo inteiro, Amadeus-The Band (quando contam com uma banda com outros instrumentos), ou Amadeus-The Eletric String Quartet (quando é só com elas), o que mostra que elas já tem muuuuita experiência desde antes de começarem um canal no YouTube em 2010. Elas tocam na maior parte do tempo músicas originais com muita inspiração clássica, mas há também os covers. Veja por si mesmo junto aos mais de 42 mil inscritos delas.
Vale dizer também que elas são muita famosas na Romênia, que é o país de origem delas, já tendo aparecido na TV, nos jornais, revistas e representando a música romena em vários concertos.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Filmes de Famílias Disfuncionais para Assistir com a Família

Hoje venho aqui com uma listinha de filmes que vão agradar a toda família e que poderiam muito bem passar na Sessão da Tarde (embora alguns teriam que ter umas partes cortadas, mas a Globo sempre corta alguma coisa de qualquer jeito). Eu fiz está lista me baseando em famílias disfuncionais em filmes que eu gostei. Ou seja, que eu assisti, portanto eu deixei de fora por exemplo, Juno, mas acho que vão gostar mesmo assim da lista.

-A Origem da Vida (Jesus Henry Christ)

A história é sobre um garoto superdotado, muito curioso e inteligente, que vive questionando um monte de coisas, inclusive a existência de Deus... Dentro de uma escola religiosa. Na frente de todos os estudantes que creem em Deus.
A mãe, interpretada por Toni Collette (de United States of Tara e O Sexto Sentido) é uma mãe solteira que vive estressada e que sente orgulho pelo filho ao mesmo tempo que gostaria que ele arranjasse menos confusão, mas mesmo assim não deixa de apoiá-lo.
O garoto acaba descobrindo pelo avô que ele nasceu de uma inseminação in vitro e nisso ele parte atrás de seu "pai" que é um professor universitário que vive anotando suas ideias em post-its. E nisso eles também encontram a "irmã" dele, que é uma garota que sofre bullying na escola e que ficam chamando-na de sapatão.
Uma comédia que parece que quer levar o espectador a refletir sobre alguns aspectos da vida, mas que para mim, não alcança o objetivo. Valeu pelo esforço, pessoal. Mas não deixa de ser um filme bom, dá para passar o tempo, tem umas ideias boas e eu diria até, atores de bastante destaque, os mirins, que são o garoto interpretado por Jason Spevack e sua irmã, interpretada por Hannah Brigden. Ah, e não posso deixar de citar o ator que faz o "pai" dos dois, Michael Sheen (Meia Noite em Paris, Masters of Sex, Crepúsculo).

-Pequena Miss Sunshine

Quem não conhece esse filme maravilhoso? Com Toni Collette interpretando mais uma vez uma mãe que passa por muito estresse altas doses de loucura com seu marido igualmente estressado, seu avô meio rabugento, mas de bom coração, irônico e com comentários maldosos que quem vê de fora ri porque não é com ele. O filho que decidiu não falar mais nada e fica escrevendo num bloquinho para se comunicar e que tem o sonho de ser um piloto. Um tio, interpretado por Steve Carell, que já mostrou que não é um ator só de comédia, e que pode até te tirar umas lágrimas, que é homossexual e que tentou cometer suicídio.
Interessante notar que o papel de Steve Carell já foi pensado primeiramente para Bill Murray (que recusou o papel e já disse que se arrepende disso) e também para Robin Williams (que Deus o tenha). E isso não tem haver com o filme, mas agora eu fico temendo que Bill Murray se mate como o Robin Williams, porque os dois arrancam risos da gente, mas não tem risos dentro de si. Depressão é algo foda.
Mas saindo um pouco da bad, e ela é boa nisso, temos a atriz Abgail Breslin, uma garotinha muito fofa e curiosa que consegue se classificar para o concurso de Pequena Miss Sunshine, o que obriga a família, para realizar o sonho dela, viajar para a Califórnia onde o concurso será realizado. Viagem em uma kombi que só dá problemas e mais problemas.
É uma comédia e ao mesmo tempo um drama, que foi o que eu mais prezei nessa lista. Ou ao menos procurei.

-O Que nós Fizemos no Nosso Feriado

Esse filme eu só assisti por causa do David Tennant. Não nego. E eu achei inicialmente que era uma comédia romântica, até eu ver como a família feita pelo eterno 11º Doctor e pela atriz Rosamund Pike, que faz a mulher divorciada do personagem, lidam com seus três filhos. Sim, um casal separado que não aguenta um ao outro que tem uma filha que fica anotando tudo, como a menina que tem pedras de estimação e faz questão de levá-las para a viagem em que visitarão o avô na Escócia, o filho que quer ser um viking e que acredita e reza para os deuses, e por fim, uma filha que fica anotando tudo que acha que pode ser importante, como as mentiras que deve contar, entre elas, a de que seus pais ainda estão juntos.
Sim, pois o patriarca da família tem problemas cardíacos e o casal fingirá que está unido e feliz só para não estressar muito o velho, que está fazendo aniversário. E nessa família temos ainda o irmão do pai das crianças, que só liga para as aparências, sua esposa que esconde a depressão e que é uma bomba-relógio de emoções, e o filho deles, que a única coisa que faz é obedecer o pai.
E neste filme, com nome que parece filme de terror de grupo de adolescentes com um serial killer genérico, eu me encantei, ri muito com as cenas, e até me emocionei.

-De Bico Calado

O filme já começa bem. Com uma mulher que é pega na estação de trem porque seu baú estava com dois cadáveres destroçados, ao que ela explica que são seu marido e a amante dele e pergunta para os policias o que mais ela poderia fazer. Detalhe que ela estava grávida.
Essa parte é seguida pela história que se quer contar, que é a de uma família prestes a acabar. Os britânicos tem um humor que me agrada, embora eu entenda que outras pessoas, especialmente se acostumadas com o humor americano, não irão gostar muito ou vão estranhar a ponto de não conseguirem aproveitar o filme.
A família em questão é a de um vigário, interpretado por Rowan Atkinson, sim, o Mr. Bean, que é muito importante na cidade deles no interior da Inglaterra, mesmo tendo um pensamento lendo e até ingênuo (não ao ponto de ser ingênuo como o de Mr. Bean) e que tem uma esposa que planeja fugir com seu amante que é um instrutor de golfe americano, deixando para trás seu marido que se distanciou tanto dela, e de seu filho que sofre bullying na escola e sua filha adolescente que todo dia aparece com um namorado novo (com quem transa, claro).
E no meio disso tudo chega uma governanta, interpretada por Maggie Smith (professora Minerva para aqueles que não sabem quem é a atriz) que fará de tudo para unir essa família novamente. Mesmo que seus métodos não sejam muito ortodoxos e aos poucos essa que parecia uma Mary Poppins vai ficando mais e mais assustadora, o que lembra muito a historia do filme "Mamãe é de Morte", mas mesmo assim é bom para passar o tempo.

-Os Simpsons - O Filme

Como poderia fazer um filme de famílias cujos problemas são o que provoca risadas em famílias na vida real, sejam pelos absurdos, pelas piadas ou pela semelhança com a vida real de alguns problemas, como uma mãe que esconde o estresse em resmungos enquanto faz todo o trabalho doméstico, uma filha insegura obcecada em estudar e questionar, um filho que não vai bem na escola e só sabe fazer traquinagens, um marido que é preguiçoso, guloso, gasta dinheiro com bobagens, viciado em TV, cervejas e age como um idiota? Isso sem contar o bebê.
Os Simpsons, não é à toa que são a série de desenho animado mais duradoura. E conseguiram um filme, um filme que eu assisti aos 12 anos eu acho, e mesmo sem pegar todas as piadas que tinham conteúdo mais adulto e tal, eu lembro que foi um dos filmes em que eu mais ri na vida. E as sirenes na sala de cinema só ajudavam, tipo aquelas risadas que ficam no fundo nas séries de comédia.
Sem isso, The Big Bang Theory já teria acabado a muito tempo. Sério, o que eles ainda fazem com novos episódios? Até Two and a Half Man já acabou. Tipo, Simpsons continua a mesma coisa e isso pode se tornar enjoativo, mas ainda tem qualidade e não baixou o nível.