Estou brincando, tenho certeza de que será uma época maravilhosa de aprendizado e melhorará meu espírito. Pelo menos assim espero.
Mas eu não fui uma criança ou adolescente, digamos, normal. Eu gostava de me vestir como mais velho com camisa polo, terno e gravata quando podia e essas coisas. Tive um negócio parecido com crise de meia idade, só que com 16 e com coisas como "eu tenho que assistir Pokemón e Dragon Ball" ou "preciso fazer coisas idiotas enquanto posso"... Não. Com 16 não pode fazer mais coisas de meninos de 10 anos.
Mas enfim, a adolescência para alguns é uma fase complicada. Pra mim não foi, eu já sabia de sexo, drogas e um monte de outras coisas já aos 12 anos... O que mostra que eu era uma pessoa mais velha de alma e inteligência... Embora eu tenha acreditado até a segunda série que o Papai Noel existia.
Eu to falando isso tudo para falar dos livros de adolescência, livros que já me mostraram o que teriam pela frente, só um deles não foi indicado pela escola e sinceramente, achei bacana isso. São livros até que recentes, que tratam da adolescência de fato e sério o negócio e tal. Veja os títulos que eu indico desse gênero:
-Gangsta Rap
A história teve como base a própria vivência do autor Benjamin Zephaniah, falando do estereótipo do delinquente juvenil, que também é poeta, discriminação e tudo mais que normalmente a Inglaterra não é associada (exceto quando se estuda colonialismo).
Gostei bastante da análise da blogueira do Nervo Óptico, Sara Simões, deixo aqui o link do post dela: http://sarasimoes.blogspot.com.br/2006/07/resenha-gangsta-rap.html
Foi um livro que me marcou muito. Comecei a fazer rimas depois dele. Sério. Batalha de rap entrou na moda na minha escola e o pessoal faz até hoje. As batidas, o ritmo, a articulação, esperteza, tudo isso. Fora que é um livro sincero e que não ameniza as coisas, tudo com muita música.
-Mathilda Savitch
Ela irá investigar para descobrir quem matou sua irmã. Me decepcionei ao descobrir que não era um livro propriamente de investigação, já que a premissa é quase essa que eu descrevi, mas como falei, não me arrependi. Uma história triste,e envolvente, emocionante, que fala de morte, tragédia, amadurecimento, escolhas e, por que não, de vida?
Eu chorei nesse livro por tudo que acontece, por tudo que ela descobre, é um livro que aprende-se o que se perde e o que se pode perder e como uma coisa que nós fazemos posso nos fazer perder uma coisa, mas que essa coisa pode significar tudo.
-Um Pedacinho de Chão
Um relato chocante e tocante de algo que infelizmente ocorre. A história mostra como Karim, com seus amigos, que só querem jogar futebol em paz, vivem num lugar onde tremem soldados israelenses, terroristas, e tudo mais da Faixa de Gaza. É cheio de lições e reflexões como os dois anteriores, aqui no caso tem o amigo que vai para os EUA e na visão de Karim está abandonando seu lar verdadeiro ou quando o avô o repreende por aplaudir um atentato contra judeus. E assim esse garoto cresce numa estória de futebol, família, política e... história.
-Amanhã, Numa Boa
A autora é Faïza Guène deve ter pego um pouco de sua vida para escrever este livro, sendo francesa filha de argelinos. Era também é diretora de curtas, escreve desde 2005 para uma revista e publicou seu livro, veja só, aso 15 anos. Que massa.
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