terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Docto Who - Twice Upon a Time - Resenha

Hoje é madrugada do dia 26 de dezembro de 2017 e devo contar a você que está lendo algumas reflexões que tenho sobre este blog. Eu quase não mexi nele nos últimos tempos e estranhamente um monte de publicações minhas de 2016 apareceram com milhares de views, mas não aumentou o número de comentários ou de seguidores. Uma pena. Fora que eu me pergunto quem ainda vê blogspot. Ou Blogger. Ai, ai. E em 2017 as poucas publicações que fiz tiveram alcance insignificante.

Também troquei a cor do blog em que era fundo preto e as publicações apareciam brancas. Isso cansa pra caramba a vista então decidi deixar assim. Bem melhor.


Bem, eu sou fã de Doctor Who e foi uma polêmica imensa quando foi anunciado que Jodie Whittaker iria substituir o Doutor. Tinham possíveis nomes e Jodie não estava em nenhuma das listas feitas de possíveis atores (ou atrizes, sim, a ideia de uma possível Doutora era forte, especialmente pelas pistas deixadas tanto por atores, produção e até nas fala do Doutor com o Mestre no último episódio). Eu já falei sobre isso, portanto não vou me prolongar mais.



O Syfy estava exibindo Doctor Who no Brasil. A primeira emissora a fazer isso, pelo menos em TV aberta, foi a TV Cultura. Quem pagava a cabo podia ver na BBC. A TV Cultura parou de passar. A BBC parou de passar suas produções na América Latina (incluindo Sherlock, Top Gear, The Muskerteers, Luther, Orphan Black, etc) e então o Netflix não renovou o contrato. E eu fiquei p*** da vida. Aí o Syfy anunciou que iria exibir Doctor Who e fez um monte de campanhas disso, mas já se via que a relação não ia ser boa. Para começar eles exibiram o primeiro episódio da nova temporada sem legenda. Eu me virei bem, mas outros nem tanto. O horário não era dos melhores, a exibição era meio aleatória, temporadas diferentes seguidas sendo que Doctor Who às vezes não parece, mas tem uma linha cronologica. Especialmente se pensarmos que o Doutor muda.

(Jeremy Clarkson está mandando a BBC se fuder não porque eles passaram a exibir somente documentários de natureza na América Latina, mas porque o demitiram do Top Gear. James e Hammond então se demitiram e os três hoje tem um programa de carros chamado The Ground Tour para a Amazon e já tem duas temporadas. Top Gear contratou substitutos, entre eles o Matt Le Blanc, o Joey do Friends e a popularidade do programa só está caindo. Há, há)

(Sim, o Jeremy não é nenhum santo ou flor que se cheire, mas há, há de qualquer forma)

E então todos os fã-clubes de Doctor Who se mobilizaram para que o episódio de natal deste ano fosse exibido nos cinemas, tal qual conseguiram fazer com que o Cinemark exibisse The Day of The Doctor e também o primeiro episódio de Peter Capaldi nos cinemas.



E então foi anunciado que David Bradley iria repetir seu papel como Primeiro Doutor no especial de natal em que nos despediríamos de Peter Capaldi como Doctor. Bradley é o zelador Filch de Harry Potter e Walder Frey em Game of Thrones, e não deixa de ser um tanto quanto rabugento como o Doutor de William Hartnell que ele fez no episódio especial que fizeram.

 


(aqui temos à esquerda o senhor Filch como o Primeiro Doutor da imagem à direita)

Assim, em 2013 a série completou 50 anos de existência e tivemos o grandioso The Day of The Doctor em que Matt Smith (11º Doctor) se encontra com David Tennant (10º Doctor) e contamos ainda com o retorno de Billie Piper como Badwolf/ Rose. Ao mesmo tempo foi feito um filme para TV, especial para mostrar como foi a produção para se criar Doctor Who, An Adventure In Space and Time.



Nele Jessica Raine (que é muito gata, desculpe) faz Verity Lambert, praticamente a fundadora da série e eu acho que a primeira mulher a ter tal cargo na BBC, Sacha Dhawan faz Waris Hussein que foi um dos primeiros produtores estrangeiros da emissora e David Bradley interpreta literalmente o ator William Hartnell, que na vida real fez o primeiro Doutor. No filme a história é praticamente que precisavam preencher espaço na grade infantil com alguma coisa e estavam tão desinteressados com o que ia sair que deixaram isso nas mãos de uma mulher e um árabe e no final essa dupla junto a um ator sem muito sucesso e já velho conseguem, mesmo com o baixo orçamento, fazer um grande sucesso. E sim, as imagens abaixo são os atores ao lado das pessoas reais que interpretaram.


Nisso eu vi pela primeira vez um lado mais bondoso e triste da atuação de Bradley que é mais famoso por seus papéis de personagens odiaveis, ora, o sujeito parece que tem cara de mal, mas a real é que ele sabe fazer cara de mal. Quando criança eu vi a Pedra Filosofal e tinha muito medo dele, e do Snape, claro. Mas o ator consegue cortar nossos corações com seu personagem solitário, idoso, dono de uma loja de conveniencias na série Broadchurch (que tem o David Tennant, Jodie Whitaker e Arthur Darvill no elenco, sim, a Inglaterra tem poucos atores).


Ah, uma curiosidade, Sacha Dhawan faz o papel de Davos em Punho de Ferro, a única coisa que falo sem medo que prestou nessa série. Droga de Punho de Ferro. Droga de Os Defensores. Graças a deus fizeram a série do Justiceiro.

E antes do filme começar temos que aguentar o pessoal do Pipocando nos desejando boa sessão e mais um monte de coisa (okay, sendo justo, eles são um dos poucos youtubers BR que ainda tem qualidade), o programa do Flix Channel com a Grafisa, a Larissa Manoela e a "mãe" dela falando sobre ser proibido fumar e tal (não aguento mais ver a Larissa Manoela), acho que foram só três trailers, teve muita propaganda, mas só três trailers. E eu queria rever o do Pantera Negra que é foda e nem esse gostinho eu pude ter. Tive que me contentar com A Cura, que embora o trailer seja foda, aposto que não vou poder dizer o mesmo do filme.

E então, antes do filme começar (episódio que foi exibido no cinema), temos um making - off. E também o lembrete de como a relação Cinemark e DW começou com o primeiro episódio de Capaldi. O que não é verdade, começou com The Day of The Doctor, mas okay.



E no making -off vemos o behind the scenes e depoimentos do elenco, produção, relembramos coisas, o depoimento do Steven Moffat foi o que mais me pegou. Eu já sabia que era um sonho de criança do Peter Capaldi interpretar o Doutor, assim como foi o do David Tennant que virou ator inspirado nisso, e quem diria, também era um sonho do David Bradley ser o Doutor. Mas eu não sabia que Moffat virou roteirista porque queria escrever roteiros para Doctor Who. Ele relembrou seu primeiro roteiro, The Empty Child e de outros como The Girl In Fireplace, Silence In The Library, Blink, que são alguns dos meus episódios favoritos. Isso antes de Moffat se tornar o showrunner da série com a saída dos antigos shorunners Russel T Davies e Julie Gardner, além de David Tennant no papel principal.



Fato é que Tennant com Davies e Gardner fez a série voltar a ser famosa no mundo, mas foi Matt Smith junto com Moffat que consolidaram o sucesso. E agora não nos despedimos só de Capaldi, mas também desse homem, Moffat, que critiquei tantas vezes pelos furos em seus roteiros, a mania de usar um Deus Ex-Machina, a repetição de roteiros, foi aí que eu percebi que vou sentir falta desse homem que criou os Anjos Lamentadores e tantas outras coisas.



Bem, o episódio começou, temos o 1º Doutor prestes a se regenerar, mas ele não quer isso. Ele meio que se despede de seus companheiros (a despedida não é mostrada, mas eu suponho que ele o tenha feito) e vai para o Polo Sul onde se encontra com o 12º Doutor também resistindo a regeneração. Um por medo do que virá a seguir e o outro por não aguentar mais viver tanto. E eles discutem e tal até que o tempo congela e somente eles dois se movem, o resto está parado.



E nisso também conhecemos o Capitão (não é o Capitão América, mas isso seria interessante) em que está numa cratera em Ypres, num campo de batalha da Primeira Guerra Mundial. Ele está com sua arma apontada contra um soldado alemão que faz o mesmo contra ele. E então o tempo também para, exceto para o Capitão que conhece ali uma mulher de vidro e então ele vai parar no Polo Sul, junto aos Doutores.




Mas a mulher de vidro os segue e diz que quer o Capitão. Os Doutores então levam o capitão para dentro da Tardis de Peter Capaldi e o 1º Doutor fica extremamente indignado com o que aconteceu com a Tardis.



Eu mesmo admito, quando vi esse interior da Tardis pela primeira vez eu achei o máximo. Depois enjoei bem rápido e fiquei com saudade do antigo.

Mas a Tardis é capturada e o Doutor não consegue fazê-la funcionar. Eles então vão parar dentro de uma nave alienígena gigante. O primeiro Doutor sai da Tardis para conhecer seus captores e fazer o papel de diplomata. E nisso uma voz que parece vir do além sugere uma troca. O Capitão por outra pessoa. E nisso Bill Potts está de volta.



O 12º Doutor sai da TARDIS puto da vida dizendo que é uma grande ofensa usarem a Bill para uma duplicata, afinal, ela está morta (e pelo visto o Doutor não sabe que a história é um pouco mais complicada que isso), mas ele é coração mole e a abraça.

Pra quem não sabe, Bill foi transformada em um Cyberman (uma espécie de robô feito a partir de um ser vivo e que tem como objetivo transformar todos os seres vivos em Cyberman), e lutou ao lado do Doctor para salvar a população de uma nave espacial da ira dos Cybermans. O Doutor acaba sendo ferido na batalha (por isso vai se regenerar), Nardole que era também seu companion é forçado a abandoná-lo para levar as pessoas que estão protegendo para um lugar seguro, e Bill é resgatada de dentro do Cyberman e volta a ser uma humana graças a Heather, uma entidade que viaja pelo universo que é apaixonada por Bill (elas se conheceram ainda no primeiro episódio da décima temporada em que Bill e Nardole viram companions oficiais do Doutor).



Foi Heather quem resgatou o Doutor, desarcordado, para a TARDIS. Bill não quer mais ser humana e é "convertida" para aquilo que a entidade também é e assim as duas cruzam juntas o universo, mas não sem antes a companion se despedir do homem maluco com uma caixa.

Só que como estava desarcordado, o Doutor acha que ela morreu.

Os dois Doutores decidem agir e começam a analisar a Mulher de Vidro que os capturou e a tecnologia que usa. E novamente o 1º Doutor fica indignado com a maneira de agir de seu sucessor, usando uma chave de fenda que faz barulho e um óclos de sol.

E então todo mundo foge de dentro da nave, 1º Doutor, 12º Doutor, Capitão, e a Bill, afinal, eles ainda tem outra TARDIS. E assim eles vão para a nave do primeiro Doutor e o 12º tem uma ideia de onde eles podem procurar informações, visto que a Mulher de Vidro foi feita a partir de uma mulher que existiu de verdade. E durante a viagem o 1º faz comentários machistas (já tinha feito, mas não na presssença de Bill), por exemplo, o Capitão fala algo sobre a mulher lá ser atraente, ao que Bill fala "isso se gostar de mulheres feitas de vidro" e então o 1º fala "e todas não são de alguma forma?".

Eu só vi um arco (as histórias de Doctor Who antigamente eram divididas em episódios curtos, formando um arco, não eram em um único episódio como é hoje em dia, ou que é dividido no máximo em duas partes) e ele tinha a companheira dele que era a sobrinha Susan e a professora dela, não vi ele sendo machista, muito menos com as companions, mas ficou muito bom na história. E engraçado também, já que o 12º fica tentando disfarçar os ataques de tiozão de sua encarnação do passado.

Bill questiona o pensamento do velho que fala "bem, eu tenho certa experiência com o sexo frágil" ao que a antiga companion do Doctor fala "eu também". O Primeiro e o Capitão entendem o que ela quer dizer. E ficam chocados, não indignados veja bem, mas chocados, o que torna a cena bem cômica.

Acho que é a primeira vez que o primeiro não fica indignado com algo.



E nisso eles vão parar num planeta em ruínas onde o 12º diz haver o maior banco de dados de todos. E lá, o Capitão é atacado por um ser pequeno que não dá para identificar direito. Ele então volta para a TARDIS, auxiliado por Bill e pelo 1º. Bill quer ir com o Doutor, mas este quer que ela fique dentro da nave para não correr nenhum risco, pois mesmo não tendo certeza se essa é Bill Potts, sua compaion, ele não quer perdê-la de novo.

O Primeiro vai junto com o 12º, quando são atacados. O 12º diz que é um amigo, ao passo que o 1º questiona o tipo de amigo que sai atirando. O Doutor do Capaldi vai falar com o "amigo" enquanto que o de Hartnell/ Bradley fica xeretando por aí.

Bill ajuda o Capitão e nos é mostrado que na verdade ela também é um ser de vidro. Oh.



O décimo segundo Doutor então se encontra com seu amigo, Rusty, ou o Bom Dalek. Para quem não sabe, os Daleks são uma espécie alienígena criada para terem apenas emoções negativas e quererem exterminar tudo que não seja Dalek. No episódio Into The Dalek, o Doutor foi encolhido e entrou dentro de um Dalek, Rusty, e mostrou para ele as maravilhas do universo, na tentativa de torná-lo bom. Mas Rusty viu também o ódio do Doctor. O ódio contra os Daleks. Nisso ao invés de torná-lo bom, o Doutor converteu o ódio de Rusty a todos os outros seres em um ódio profundo contra os Daleks, sua própria raça.

Eu diria que foi então uma missão bem sucedida, embora o Doutor tenha ficado mal em ver que nele existe um ódio tão profundo, afinal.

Os Daleks tem uma rede entre eles e o Doutor a usa para descobrir quem era a mulher que fez a Mulher de Vidro. Nisso ele descobre que a mulher era de um grupo de cientistas que fez um esquema de viajar no espaço e tempo coletando as memórias e aparências das pessoas antes de morrerem e coloca em "recipientes", tinha outro nome, mas não lembro agora. E esses recipientes são como a Mulher de Vidro. Ou seja, não tem nada de maligno. Na verdade, eles são como historiadores, guardando a história e as memórias das pessoas. E então o tempo para, exceto para o Doutor, e Bill, que aparece ali.

O 12º fala que ela não é a Bill de verdade e ela diz que é sim, afinal, o que somos senão um amontoado de memórias? Finalmente é explicado que estavam pegando as memórias do Capitão, quando ele foi sugado para perto dos dois Doutores, que são especialistas em bagunçar o espaço e o tempo como podemos ver essa informação ser confirmada por isso. E o Capitão precisa voltar para o lugar em que irá morrer.



O Capitão não gosta da ideia, mas aceita seu destino. Eles então o levam de volta para a cratera, ele se despede de Bill e dos Doutores, que prometem cuidar da família dele, e volta para sua posição de apontar uma arma para um homem que está apontando uma arma para ele. E então o tempo volta a correr, com o Capitão não se lembrando de nada do que aconteceu.

E então os soldados alemães começam a cantar. Um canção de natal. E os soldados britânicos também cantam. É a Trégua de Natal, evento histórico real em que na semana de natal de 1914 nesse lugar os exércitos britânico e alemão fizeram uma pausa, confratenizaram, trocaram abraços, apertos de mão, jogaram até um futebolzinho, trocaram comida, uns presentinhos, e esse evento de fato aconteceu na vida real e isso salvou a vida do Capitão. Capitão esse que é o avô do brigadeiro Lethbridge - Stewart. Um dos principais nomes da UNIT, uma organização contra ameaças alienígenas e um dos mais fiéis amigos do Doutor na série clássica.



O Primeiro Doutor então se despede de todo mundo e entra em sua TARDIS, aceitando que irá morrer e se regenear e eles não refilmaram isso, mostraram as cenas originais. Eu entendo que tenha sido uma homenagem e respeito ao material original, mas eu teria achado muito daora se tivessem refilmado.

E então o Doutor tem mais um bate - papo sobre memórias com Bill, ou as memórias da Bill, e então ela mostra para ele porque elas são tão importantes. E então o Doutor vê no lugar dela Clara Oswald. A companion anterior a Bill. Quando Clara morreu para salvar a vida de uma pessoa, sua morte acabou se tornando um ponto fixo no tempo, ou seja, não poderia ser alterado. Mas o Doutor ignorou isso e a salvou usando uma alta tecnologia de Galiffrey, mesmo pondo todo o universo e a existência em risco.




Essa é uma das coisas que sempre me irritou, a importância exagerada que dão pra Clara. Ele não fez nada para salvar as outras companions do passado, a Clara salvou o Doutor várias vezes, verdade, mas também mostrou ser capaz de cometer traições, mesmo que não por ser má, mas por ser egoísta. Caramba, teve companion que morreu de forma bem trágica, mas não, é a Clara, vamos salvar a Clara.

Enfim, os Time - Lords (que estão de volta, Gallifrey, o planeta natal do Doutor, afinal foi salva no episódio The Day of The Doctor) não estão nada satisfeitos com isso. O Doutor teme que eles a encontrem através das memórias que ela tem dele e pretende apagá-las assim como fez com Donna Noble. No caso da Donna foi porque ela virou uma Time - Lady, só que o corpo de humana não aguentaria tanta isso e então ele apagou as memórias de todas as aventuras dela para que assim ela ainda achasse que fosse humana, bloqueando a parte de Time - Lady.

Os fãs esperam ansiosamente pela volta da Donna.

Eu acho que não rola, mas ei, a Sarah Jane Smith, antiga companion do 4º Doutor, voltou e com uma série própria ainda por cima. E só demorou alguns aninhos...!

Clara então mexe no aparelho que o Doutor usa e ao invés de apagar as memórias dela, apaga as dele mesmo. Clara então deixa o Doutor junto de sua TARDIS e viaja no espaço e tempo com outra e ela decide voltar para Galiffrey, pois sua morte tem que acontecer. Só que ela decide passar por algumas aventuras antes, junto de Eu, que é outra personagem que já estou cansado e não vou descrever quem é. E apagando as memórias do Doutor, Clara vai impedir que ele tente salvá-la, pois afinal, o universo estaria em risco por isso.

E mesmo com esse meu ranço com a personagem, eu chorei nessa hora.

O Doutor nessa hora tem suas memórias restauradas. Ele volta se lembrar de quem é Clara Oswald, como ela é, e tudo mais.

Clara então volta a ser Bill e Nardole também aparece. Mas o Doutor reage, ele diz de novo que não são os verdadeiros Bill e Nardole que estão na sua frente. Mas entende, oh sim, ele entende o valor das memórias, e de como com isso eles sempre estarão com ele. Sim, seus companions sempre estarão com ele em suas memórias.

E então os três se abraçam, até que Bill e Nardole somem, afinal, são apenas projeções mesmo. Sempre foram projeções de memórias.

 


O Doutor entra em sua TARDIS e aceita a regeneração. E há explosão. Não tão grande como a do David Tennant, mas ainda assim faz um tremendo estrago no interior da TARDIS e eu fiquei muito feliz com isso, ja que a regeneração do Matt Smith pro Capaldi foi bem broxante, e ao mesmo tempo fiquei triste. É o fim, o fim da era Moffat, adeus Peter, que ainda tem o menor número de episódios que eu gosto por Doctor, mas que ei, no final, acabou me conquistando.



E então temos Jodie Whitaker como Doctor.



E ela aperta um botão no painel... E dá tudo errado. A TARDIS se inclina em um ângulo de 90º e as portas se abrem. Tá tudo pegando fogo e a Doutora acaba caindo para fora da TARDIS e ao fundo podemos ver que ela está acima das nuvens de alguma cidade (provavelmente Londres porque tem um rio e estamos falando de Doctor Who) e o episódio acaba.

Declarações finais:

É a primeira vez que escrevo desse jeito, eu me inspirei/ copiei no estilo do Blog do Amer e agora entendo porque esses artigos dele demoram tanto para sair, é muito trabalhoso e cansativo. Putz grila. Mas decidi fazer um assim, finalmente, e Doctor Who parecia bastante adequado para isso.

Teve mais um behind the scenes depois, mas não vou falar disso.

Eu vi o Omelete dizendo que era uma aventura fraca ou algo do tipo e sinceramente eu não confio muito na opinião deles (isso por filmes anteriores), mas é necessário entender que os episódios de Doctor Who são feitos para um tipo específico de público e esses especiais são feitos mais ainda voltados para os fãs mesmo. Ora, quem não acompanha Doctor Who vai se perguntar quem raios é Bill Potts e por que devo me importar com ela? Como assim esses dois velhos são a mesma pessoa? Que papo é esse de regeneração? Quem é essa menina chamada Clara que aparece no final? WTF?

E foi muito bom. Uma boa aventura, até porque não foi necessário enfrentar monstros ou aliens no fim, isso foi uma surpresa bastante agradável e que combina com o clima de despedida, assim como usar a Trégua do Natal uma ótima ideia. O especial de natal do ano passado, o Retorno de Misteryum, foi ruim no sentido de que só os primeiros minutos se passam no natal, o resto parece acontecer em qualquer data do ano, porra. Aqui temos sim a magia do natal e foi bem bacana de ver um dos eventos mais comoventes da história ser retratado.

E não sei porque, mas a aparição da Clara foi mesmo impactante para mim, mais até do que a da Amy na despedida do Matt Smith foi, e eu gosto mil vezes mais da Amy do que da Clara. Talvez tenha sido o roteiro, a construção das personagens, não sei, só sei que eu chorei e gostei muito disso. Fazia tempo que eu não chorava com Doctor Who.

E eu já gostei da Jodie, mesmo com ela tendo alguns segundos de tela, e fazendo uma cagada imensa ao se ejetar para fora da TARDIS, já simpatizei com ela.

E é isso. Adeus Peter Capaldi. Mesmo não sendo nem de perto o meu Doutor favorito, aprendi a gostar do seu personagem. E mais, você é um whovian de respeito, que assistia as aventuras do primeiro Doutor de William Hartnell, não tem como eu não gostar de ti. Você literalmente abandonou a série em que tinha um dos papéis principais para fazer o Doutor. Claro que deve ter sido um pouco filhadaputice isso com a equipe de The Muskerteers, mas eu não o culpo por isso.

William Hartnell agora é sem sombra de dúvidas um dos meus atores favoritos também.